Leandro ColonUncategorized – Leandro Colon https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br do Reino Unido Mon, 14 Dec 2015 09:12:39 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Aviso https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/12/14/aviso/ https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/12/14/aviso/#respond Mon, 14 Dec 2015 09:12:39 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/1323972.jpeg http://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/?p=2412 Este blog deixa de ser atualizado. Passarei a escrever em 2016 no endereço folha.com/colunas/leandrocolon

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Após veto em 2013, Cameron tem mais chance de aprovar ação na Síria https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/11/23/apos-veto-em-2013-cameron-tem-mais-chance-de-aprovar-acao-na-siria/ https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/11/23/apos-veto-em-2013-cameron-tem-mais-chance-de-aprovar-acao-na-siria/#respond Mon, 23 Nov 2015 11:30:37 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/1323972.jpeg http://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/?p=2398 O provável pedido do primeiro-ministro britânico, David Cameron, ao Parlamento para se juntar a forças francesas no ataque ao Estado Islâmico na Síria tem grandes chances de ser aprovado, ao contrário do que ocorreu em 2013, quando ele sofreu a maior derrota de seu governo com a rejeição de uma moção para agir em território sírio.

No dia 29 de agosto daquele ano, o premiê apresentou proposta para atacar a Síria no combate ao regime do ditador Bashar al-Assad. Não havia um Estado Islâmico fortalecido como hoje e o alvo eram as tropas de Assad que estariam usando armas químicas contra civis. O texto apresentado por Cameron foi derrotado por 285 votos a 272, inclusive com votos de membros do seu partido, o Conservador (clique aqui para lembrar).

Fora a primeira vez em 50 anos que a oposição derrotava o governo numa votação sobre o envio de tropas britânicas ao exterior. Desde a polêmica invasão no Iraque, em 2003, a população e muitas lideranças políticas se opõem a novas ações militares do Reino Unido.

Obviamente, Cameron não quer repetir o fiasco de 2013, que quase levou à sua renúncia. Mas ele tem agora novos fatores que devem ajudá-lo a ser bem sucedido: um novo inimigo, o Estado Islâmico, que carrega junto a ameaça do terrorismo em território europeu (sendo o Reino Unido um potencial alvo de extremistas), e uma maioria consolidada no Parlamento para o Partido Conservador, algo que não havia há dois anos.

Além disso, membros do Partido Trabalhista, principal força de oposição, já sinalizaram que devem respaldar o ataque ao EI. O seu líder, Jeremy Corbyn, chegou a dizer que, se dependesse somente dele, não haveria carta branca para o Reino Unido agir na Síria.

Mas Corbyn, uma figura de extrema esquerda recém-eleita para a função, não é unanimidade dentro de sua legenda e já foi alertado, segundo a mídia inglesa, de que se insistir nesta tese sofrerá uma grave derrota na bancada do próprio partido.

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Guru comunista é acusado de violentar seguidoras e prender filha por 30 anos https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/11/12/guru-comunista-e-acusado-de-violentar-seguidoras-e-prender-filha-por-30-anos/ https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/11/12/guru-comunista-e-acusado-de-violentar-seguidoras-e-prender-filha-por-30-anos/#respond Thu, 12 Nov 2015 15:43:39 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/1323972.jpeg http://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/?p=2387 Um homem chamado pela mídia inglesa de “guru comunista” foi acusado nesta quinta-feira (12) num tribunal de Londres de manter a própria filha encarcerada por 30 anos, além de praticar, desde os anos 70, abusos sexuais contra mulheres seguidoras de suas pregações políticas.

Aravindan Balakrishnan, 75, é apontado pelo Ministério Público inglês como um líder que se aproveitou do carisma nas “aulas” sobre comunismo para persuadir e violentar as vítimas. Se declarava o “todo-poderoso”, segundo os promotores.

Agora, responde a pelo menos 16 acusações formais por causa de crimes cometidos sob métodos de “violência mental e física” e “degradação sexual”.

Balakrishnan ao chegar para audiência no tribunal Crédito: REUTERS
Balakrishnan ao chegar para audiência no tribunal em Londres. Ele nega as acusações Crédito: REUTERS

“Cada mulher viveu uma vida de violência, medo, isolamento e confinamento. Foram forçadas a atos sexuais humilhantes e degradantes sobre os quais não tinham escolhas”, declarou a promotora Rosina Cottage, na corte de Southwark, em Londres.

De acordo com as autoridades, o “guru comunista” teve uma filha com uma dessas vítimas e a manteve trancada até os 30 anos, impedindo seu contato com o lado de fora.

Durante esse período de crueldade, ela não sabia quem eram os pais. “Ela nunca foi à escola, nunca brincou com um amigo, nunca viu um médico ou um dentista”, disse a promotora.

Depois de quase fugir em 2005, a jovem conseguiu escapar de vez do cativeiro há dois anos, quando Balakrishnan foi então preso e as investigações aprofundadas.

O “guru” chegou a ter 100 seguidores fiéis nos anos 70, muitos deles mulheres atraídas por seu carisma e que acabariam se tornando vítimas. Ele nega as acusações.

Balakrishnan chegou a atuar pelo Partido Comunista da Inglaterra nos anos 70, mas foi expulso por causa de seus métodos de pregação num grupo criado por ele em Londres, chamado “Workers Institute of Marxism–Leninism–Mao Zedong Thought” (aqui é possível ler um pouco mais sobre Balakrishnan naquele período, quando era chamado de “Comrade Bala”).

 

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Reino Unido quer acesso a todos os sites visitados por cidadãos https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/11/04/reino-unido-quer-acesso-a-todos-os-sites-visitados-por-cidadaos/ https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/11/04/reino-unido-quer-acesso-a-todos-os-sites-visitados-por-cidadaos/#respond Wed, 04 Nov 2015 18:57:39 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/1323972.jpeg http://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/?p=2364

O governo britânico quer que a polícia e os serviços de inteligência possam acessar, sem autorização judicial, o histórico de sites visitados nos 12 meses anteriores por qualquer cidadão que more no Reino Unido.

O projeto de lei foi apresentado nesta quarta-feira (4) ao Parlamento pela ministra do Interior, Theresa May. O texto diz que os provedores de internet e empresas de telefonia serão obrigados a manter ativo um banco de dados das páginas acessadas por todos os usuários nos últimos 12 meses, inclusive por meio de aplicativos do celular. Para obter esse material, um investigador só precisará do aval de seu superior (clique aqui para ler todo o projeto, em inglês).

Obviamente, a proposta é controversa e já recebe críticas pelos riscos de invasão de privacidade. O governo alega que a ideia é ter acesso às páginas vistas, mas não às comunicações por escrito ou de voz de um internauta. Destaca ainda que as autoridades querem acesso apenas ao domínio de um site visitado e não às suas páginas internas clicadas.

A ministra do Interior, Theresa May, apresenta a nova lei. Crédito: AP
A ministra do Interior, Theresa May, apresenta a nova lei. Crédito: AP

E faz comparação a uma conta de telefone: seria como verificar as ligações recebidas e efetuadas, mas não o conteúdo das conversas. “Isso não revela o que a pessoa escreveu ou disse, mas sim quando se comunicou, onde, como e com quem”, justifica o texto.

O governo do primeiro-ministro David Cameron (Partido Conservador) apresenta a lei dois anos e meio depois de o ex-agente da NSA (Agência Nacional Americana) Edward Snowden revelar abusos dos serviços de inteligência do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Em sua conta no Twitter, Snowden, que vive na Rússia, criticou nesta quarta a proposta: “Seus arquivos de internet não são como uma ‘fatura de telefone’, mas como uma lista de todos os livros que você já abriu”.

O governo argumenta que a nova lei é necessária porque, com ela, será possível descobrir os serviços de internet usados por um suspeito ou uma vítima, “permitindo aos investigadores solicitar (à Justiça, no caso) comunicações específicas”.

Diz ainda que o arquivo de 12 meses de navegação permite detectar se alguém acessou sites relacionados a material de pedofilia, terrorismo ou fraude – ou se um investigado visitou páginas de mapas para planejar alguma fuga.

“Não deve haver na internet refúgio para aqueles que querem nos prejudicar, envenenar mentes e perpetrar o ódio”, disse a ministra do Interior aos colegas de Parlamento. David Winnick, membro da bancada do Partido Trabalhista, que faz oposição aos conservadores, afirmou que a proposta ameaça as liberdades civis e dá “poder excessivo” aos serviços de inteligência.

O texto da nova lei protege algumas profissões, como advogados e jornalistas – no caso, qualquer acesso a dados deles precisaria de uma decisão judicial.

Uma das justificativas de Theresa May para levar adiante o projeto é que as leis em vigor são anteriores ao período de internet, o que tem limitado a capacidade de investigação de órgãos de inteligência, como o MI5 e o GCHQ.

A nova lei agora precisa passar passar pelas duas Casas do Parlamento, a dos Comuns e a dos Lordes. Em 2013, o governo de Cameron tentou implementar algo parecido, mas não conseguiu apoio no Parlamento. Agora, com a maioria obtida pelo Partido Conservador na eleição de maio, a ministra do Interior aposta que a proposta deve ser aprovada sem muitos obstáculos.

Em contrapartida ao acesso à navegação dos últimos 12 meses de um cidadão, o governo diz que inseriu regras que endurecem a triagem para aprovar interceptações de comunicação on-line or por telefone (no caso, o conteúdo das conversas). Duas instâncias teriam de avaliar um pedido deste tipo: o governo e um grupo de juízes. Além disso, aumentaria a punição a servidores que conseguirem ilegalmente dados sigilosos.

 

 

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Morre porta-voz que precipitou queda do Muro de Berlim https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/11/01/morre-porta-voz-que-precipitou-queda-do-muro-de-berlim/ https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/11/01/morre-porta-voz-que-precipitou-queda-do-muro-de-berlim/#comments Sun, 01 Nov 2015 15:54:26 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/1323972.jpeg http://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/?p=2348 Morreu neste domingo (1º) o alemão Günter Schabowski, responsável por dar uma das notícias mais importantes do século 20: a que precipitou a queda do Muro de Berlim, no dia 9 de novembro de 1989.

Schabowski morreu aos 86 anos em Berlim. Como porta-voz do governo da Alemanha Oriental (dirigido pelo Partido Socialista Unificado), ele anunciou, numa histórica entrevista coletiva, que os alemães do leste poderiam enfim atravessar para o lado da Alemanha Ocidental, sob regime capitalista e aliada dos Estados Unidos. O movimento era proibido até então.

Günter Schabowski, porta-voz do governo da Alemanha Oriental, em 1989. Crédito: AFP
Günter Schabowski, porta-voz do governo da Alemanha Oriental, em 1989. Crédito: AFP

Na entrevista, transmitida ao vivo para as duas Alemanhas entre 18h e 19h daquele 9 de novembro, Schabowski revelou que as autoridades do seu governo haviam decidido autorizar o trânsito para o outro lado do país. Era um momento de desgaste do governo socialista diante do fluxo constante de seus moradores para Áustria e Hungria.

Inseguro em dar a notícia, Schabowski não deixa muito claro, num primeiro momento, a partir de quando valeriam as novas regras. Ao ser questionado, ele dá uma olhada nos papéis, e solta: “Imediatamente”.

O porta-voz teria se precipitado, já que os detalhes das mudanças seriam oficializados somente no dia seguinte. Tarde demais: após seu anúncio, milhares de alemães de Berlim Oriental correram para cruzar para o lado Ocidental. Sem reação, os guardas abriram passagem naquela noite, dando início à queda do Muro e mudando o curso da história (veja aqui um vídeo sobre aquele dia e aqui um especial da Folha publicado no ano passado  sobre os 25 anos do fim do Muro).

Logo depois daquele episódio, Schabowski  foi afastado do partido. Em 1997, sete anos depois da reunificação da Alemanha, foi condenado a três anos de prisão por sua colaboração com o regime socialista, acusado de assassinar adversários. Desde então, ele caiu no ostracismo no seu país – muito doente nos últimos anos, se recolheu, até a morte neste domingo.

Abaixo, um trecho da histórica entrevista de Schabowski, com legenda em inglês:

 

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Levy vai encontrar o “Levy inglês” em Londres https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/10/28/levy-vai-encontrar-o-levy-ingles-em-londres/ https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/10/28/levy-vai-encontrar-o-levy-ingles-em-londres/#respond Wed, 28 Oct 2015 07:46:46 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/1323972.jpeg http://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/?p=2335 O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, será recebido quinta-feira (29) em Londres pelo ministro britânico de Finanças, George Osborne. Levy desembarca na cidade para uma agenda de dois dias.

Osborne é uma espécie de “Levy inglês” – desde que assumiu o cargo, em 2010, só pensa em uma coisa: cortar gasto público e aprofundar o programa de austeridade fiscal do governo conservador do primeiro-ministro David Cameron.

Assim como o colega brasileiro, o ministro britânico não tem vida fácil no Parlamento: acaba de passar por um vexame político – e sem precedentes – com a decisão da Casa dos Lordes de postergar a sua controversa proposta de cortar £4,4 bilhões (R$ 26 bilhões) de dois populares programas de benefícios sociais, chamados de “tax credits”. Os lordes querem garantias de que a classe trabalhadora será recompensada de alguma maneira.

O valor do corte representa um terço do que Osborne promete reduzir do setor social pelos próximos quatro anos, como parte da austeridade rígida imposta para zerar o déficit do Reino Unido. Um ajuste que, segundo os trabalhistas, afetou os serviços sociais públicos, elevou o custo de vida e deteriorou a qualificação do mercado de trabalho.

Adversários e consultorias, como o Instituto de Estudos Fiscais (IFS), alegam que o impacto no “tax credit” pode representar uma perda, em média, de £ 1.300 por ano para os trabalhadores de baixa renda.

Osborne diz que não tem jeito: todos precisam dar sua parte para a recuperação econômica do Reino Unido. Ele garante que os afetados pelos ajustes sociais serão recompensados com outras medidas a serem anunciadas em novembro.

Osborne reagiu furioso à derrota política imposta pelos Lordes. Não à toa. Ficou feio para os conservadores porque os Lordes são símbolos da “nobreza política” britânica, parlamentares sem um voto sequer que ganharam de bandeja o cargo – ao contrário da Câmara dos Comuns, eleita e responsável pela formação do governo.

Os lordes, a elite da política britânica, votaram com o “povo”. Mas reclamam os conservadores que os Lordes não costumam (e não deveriam, dizem) se meter em assuntos de orçamentos públicos. Se meteram e causaram confusão.

Osborne avisou: “Vamos continuar nossa reforma no ‘tax credit’ e economizar dinheiro necessário para que os britânicos possam viver dentro de suas possibilidades”.

Osborne e Joaquim Levy vão protagonizar na quinta o chamado “Diálogo Econômico-Financeiro Brasil-Reino Unido”. A agenda menciona genericamente como tópicos economia global, conjuntura econômica, planejamento e financiamento de projetos de infraestrutura, entre outras coisas.

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Duelo pelo passe universitário de Malala envolve até o Sol https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/10/13/duelo-pelo-passe-universitario-de-malala-envolve-ate-o-sol/ https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/10/13/duelo-pelo-passe-universitario-de-malala-envolve-ate-o-sol/#respond Tue, 13 Oct 2015 19:24:04 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/1323972.jpeg http://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/?p=2320 Duas das mais prestigiadas universidades do mundo, uma americana e outra britânica, duelam nos bastidores para tentar levar o “passe” da jovem paquistanesa e Nobel da Paz Malala Yousafzai, 18, baleada pelo Taleban em outubro de 2012 por causa do ativismo pelo direito a educação de jovens e crianças.

Malala deve decidir até o ano que vem em qual universidade pretende estudar depois de concluir o equivalente ao ensino médio na Edgbaston High School, um colégio só para garotas em Birmingham, no Reino Unido, onde mora desde que deixou o Paquistão com a família.

Ter na sala de aula (e vivendo no país) umas das figuras globais mais badaladas do planeta é sinal de prestígio mesmo para uma universidade consagrada, como a americana de Stanford, na Califórnia, e a britânica de Oxford.

Malala e a família já visitaram o campus em Stanford de olho num curso de política. Uma declaração de seu pai, Ziauddin, ao “The Sunday Times” encheu de ciúmes os britânicos: “Eles (americanos) têm 300 dias de sol, o que é um fenômeno raro no Reino Unido e faz uma diferença”.

A Universidade de Oxford não tem sol para oferecer, mas abriu as portas para Malala conhecê-la, sonhando em ter a jovem em um dos seus celebrados cursos de graduação, como o de Política, Economia e Filosofia, que já teve, entre seus alunos, o atual premiê David Cameron. Notas para tanto parece não ser problema: Malala obteve em agosto desempenho de alto nível nos exames GCSEs, semelhantes ao brasileiro Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Malala é o mais jovem vencedor do Nobel da Paz, conquistado em 2014. Crédito: Oli Scarff - 10.out.2014/AFP
Malala é o mais jovem vencedor do Nobel da Paz, conquistado em 2014. Crédito: Oli Scarff – 10.out.2014/AFP

Sempre cercada de assessores, Malala é uma marca global. O livro sobre sua vida, lançado em 2013, virou um best-seller, uma entidade, “Malala Fund”, é símbolo de campanha pela educação de crianças e um documentário sobre ela será lançado em breve.

Malala e a família (pai, mãe e dois irmãos) foram viver no Reino Unido em 2012 numa operação coordenada pelo ex-premiê Gordon Brown (Trabalhista) para que ela pudesse se tratar em Birmingham do ataque sofrido pelo Taleban. Três anos se passaram e os britânicos farão de tudo para não perdê-la para os americanos.

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Polícia de Londres deixa de monitorar Assange 24h em embaixada https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/10/12/policia-de-londres-deixa-de-monitorar-assange-em-embaixada/ https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/10/12/policia-de-londres-deixa-de-monitorar-assange-em-embaixada/#respond Mon, 12 Oct 2015 14:22:21 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/1323972.jpeg http://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/?p=2310 A Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard) anunciou nesta segunda-feira (12) que suspendeu a operação de 24 horas de monitoramento da embaixada do Equador, onde o fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, está asilado desde junho de 2012.

Desde aquele período, policiais se revezavam em frente ao local, numa das zonas mais nobres de Londres, para evitar a fuga de Assange e prendê-lo. As autoridades britânicas vinham recebendo críticas por terem gasto até hoje pelo menos 12 milhões de libras (R$ 70 milhões) com essa operação policial.

Julian Assange, asilado na embaixada do Equador. Crédito: John Stillwell - 18.ago.2014/AFP
Julian Assange, asilado na embaixada do Equador. Crédito: John Stillwell – 18.ago.2014/AFP

Assange pediu asilo ao Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde vivia e é acusado de ter cometido crimes sexuais em 2010. Ele se diz inocente e teme ser enviado aos EUA para ser julgado devido ao WikiLeaks.

Em nota, a Scotland Yard diz que não é necessária mais uma presença “permanente” em frente ao local, mas destacou que, apesar de suspender essa vigilância em frente à embaixada, todos esforços, com suporte de serviços de inteligência (como agentes à paisana), serão feitos para prendê-lo se ele tentar deixar o local.

A procuradoria da Suécia anunciou em agosto que três investigações contra Assange foram extintas por terem prescrito.

Resta ainda, no entanto, uma investigação sobre suspeita de estupro, cujo prazo de investigação na Suécia expira somente em 2020. Ou seja, o encerramento dos outros três casos não significa que o fundador do Wikileaks deixará tão cedo a embaixada do Equador em Londres.

Em fevereiro deste ano, ele recebeu a reportagem da Folha na embaixada para uma entrevista (leia aqui).

Pressão
O Ministério de Relações Exteriores britânico convocou o embaixador do Equador em Londres, Carlos Abad Ortiz, para discutir a situação de Assange. O governo manifestou ao embaixador a “frustração” com o caso e reafirmou que o Reino Unido tem a “obrigação legal” de extraditar Assange para a Suécia. O fato é que as autoridades britânicas tentam pressionar o Equador a desistir do asilo, algo que parece distante, ao menos por enquanto.

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Cobrança por sacola plástica agora é obrigatória na Inglaterra https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/10/05/cobranca-por-sacola-plastica-agora-e-obrigatoria-na-inglaterra/ https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/10/05/cobranca-por-sacola-plastica-agora-e-obrigatoria-na-inglaterra/#respond Mon, 05 Oct 2015 09:17:11 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/1323972.jpeg http://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/?p=2298 Agora é lei: a partir desta segunda-feira (5), as redes de supermercado da Inglaterra terão de cobrar por sacola plástica solicitada pelos clientes no caixa. O governo recomenda o valor mínimo de 5 centavos de libra (R$ 0,30) por unidade, algo que deve ser seguido pelas grandes redes.

A expectativa das autoridades inglesas é que a mudança reduza em até 80% o uso da sacola, estimado em 7,6 bilhões de unidades no ano passado (61 toneladas), ante 6,3 bilhões há cinco anos. Em média, são 140 por pessoa.

As sacolinhas viraram vilãs na discussão sobre danos ao meio-ambiente nos últimos anos. Ativistas e especialistas argumentam que, além do impacto ambiental, elas tomam conta dos lixos espalhados pelas grandes avenidas de Londres – o governo britânico prevê uma economia de £60 milhões na despesa com recolhimento de lixos.

A cobrança já era aplicada nos outros três países do Reino Unido. No País Gales, o novo hábito reduziu o consumo de sacolinhas em 71% desde 2011, segundo as autoridades locais.

Todos veículos britânicos destacaram a mudança nesta segunda-feira. O “Daily Mail” ressalta a preocupação com o caos que pode atingir os grandes supermercados nesses primeiros dias.

Pelas regras, somente redes inglesas com pelo menos 250 empregados devem cobrar, ou seja, pequenas vendas que costumam funcionar nas esquinas de Londres, por exemplo, estão dispensadas.

Quem não cumprir a lei pode ser multado em pelo menos £ 20 mil. A ideia é que o dinheiro arrecadado com as sacolinhas (a previsão é de pelo menos £ 70 milhões por ano) seja doado a entidades de caridade.

Não se pode cobrar para embalar alguns tipos específicos de produtos, como comidas não-cozidas, aves, peixes, batatas, outros tipos de comidas frescas, e remédios prescritos.

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Biografia vira o “piggate” e constrange premiê britânico https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/09/21/biografia-vira-o-piggate-e-constrange-premie-britanico/ https://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/2015/09/21/biografia-vira-o-piggate-e-constrange-premie-britanico/#comments Mon, 21 Sep 2015 14:57:54 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/1323972.jpeg http://leandrocolon.blogfolha.uol.com.br/?p=2275 Uma biografia não oficial feita por um ex-aliado no Partido Conservador transformou-se em constrangimento para o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

O livro, escrito pelo bilionário Michael Ashcroft em co-autoria com a jornalista Isabel Oakeshott, sugere que Cameron participou de festa com drogas e rituais sexuais com um porco morto durante o período em que estudou na prestigiada Universidade de Oxford. O premiê, por enquanto, não negou as informações.

Trechos da obra começaram a ser transcritos no fim de semana pelo jornal “Daily Mail”, tornando-se no escândalo da vez da mídia britânica (leia aqui reportagem do site da BBC).

Cameron saboreando um hot dog com talheres. Crédito:  AFP PHOTO/POOL
Cameron saboreando um hot dog com talheres. Crédito: AFP PHOTO/POOL

No Twitter, é chamado de “#Piggate” (“escândalo do porco”). Ashcroft já ocupou uma cadeira de Lorde e hoje atua na área de pesquisas políticas. Ele diz que pretende lançar o livro em outubro como vingança contra Cameron pelo fato de o premiê tê-lo deixado de fora do primeiro escalão de seu governo desde 2010.

Segundo o trecho publicado pelo “Daily Mail”, Cameron teria participado de brincadeiras sexuais com a cabeça de um porco morto como parte de um ritual de um grupo de estudantes de Oxford chamado “Piers Gaveston”, nos anos 80.

De acordo com o livro, um colega contemporâneo de universidade e também membro do Parlamento relatou que Cameron “inseriu uma parte privada de sua anatomia na boca do animal” – haveria inclusive uma foto comprovando a história.

O episódio fez a mídia britânica relembrar da série “Black Mirror”, em que o personagem do primeiro-ministro é obrigado a fazer sexo com um porco em rede nacional para salvar uma princesa sequestrada. O criador da série, Charles Brooker, ironizou, no Twitter, a “coincidência”: “Para deixar claro, não, eu nunca ouvi nada sobre o Cameron”.

Na biografia, Ashcroft ainda diz que Cameron tinha ciência antes de ser primeiro-ministro de que ele, Ashcroft, não tinha domicílio fiscal no Reino Unido. Em 2010, quando foi revelada a polêmica sobre Ashcroft, um grande doador para campanhas eleitorais dos conservadores, Cameron alegou que desconhecia essa informação.

O porta-voz de Cameron disse nesta segunda-feira (21) que o premiê não pretende comentar o teor do livro, nem indicou se seus autores serão processados. “O autor teve suas razões para escrever o livro. O primeiro-ministro está preocupado em comandar o país”, afirmou.

O jornal “The Guardian” diz que fontes do Partido Conservador têm negado as histórias contadas no livro. Um artigo no conservador “The Telegraph” analisa o caso e dá mais detalhes do livro (clique aqui para ler).

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