Agora é lei: a partir desta segunda-feira (5), as redes de supermercado da Inglaterra terão de cobrar por sacola plástica solicitada pelos clientes no caixa. O governo recomenda o valor mínimo de 5 centavos de libra (R$ 0,30) por unidade, algo que deve ser seguido pelas grandes redes.
A expectativa das autoridades inglesas é que a mudança reduza em até 80% o uso da sacola, estimado em 7,6 bilhões de unidades no ano passado (61 toneladas), ante 6,3 bilhões há cinco anos. Em média, são 140 por pessoa.
As sacolinhas viraram vilãs na discussão sobre danos ao meio-ambiente nos últimos anos. Ativistas e especialistas argumentam que, além do impacto ambiental, elas tomam conta dos lixos espalhados pelas grandes avenidas de Londres – o governo britânico prevê uma economia de £60 milhões na despesa com recolhimento de lixos.
A cobrança já era aplicada nos outros três países do Reino Unido. No País Gales, o novo hábito reduziu o consumo de sacolinhas em 71% desde 2011, segundo as autoridades locais.
Todos veículos britânicos destacaram a mudança nesta segunda-feira. O “Daily Mail” ressalta a preocupação com o caos que pode atingir os grandes supermercados nesses primeiros dias.
Pelas regras, somente redes inglesas com pelo menos 250 empregados devem cobrar, ou seja, pequenas vendas que costumam funcionar nas esquinas de Londres, por exemplo, estão dispensadas.
Quem não cumprir a lei pode ser multado em pelo menos £ 20 mil. A ideia é que o dinheiro arrecadado com as sacolinhas (a previsão é de pelo menos £ 70 milhões por ano) seja doado a entidades de caridade.
Não se pode cobrar para embalar alguns tipos específicos de produtos, como comidas não-cozidas, aves, peixes, batatas, outros tipos de comidas frescas, e remédios prescritos.