Cidade turca cria comércio de coletes salva-vidas para imigrantes

Por Leandro Colon

Na cidade turca de Esmirna (costa do país), um modelo oportunista de negócios tem se aproveitado do drama da crise imigratória ao vender coletes salva-vidas para os que querem arriscar a travessia pelo Mar Mediterrâneo em direção aos países da União Europeia.

Uma reportagem da BBC desta sexta-feira (28) mostra que o comércio de coletes cresce ao mesmo tempo em que não param de chegar à cidade imigrantes da Síria e do Iraque em busca de uma chance de cruzar para o continente europeu.

Estima-se que pelo menos 5.000 pessoas estejam pelas ruas da cidade turca, muitas à espera de seguir de barco para as ilhas gregas, a 16km dali – de lá, querem chegar a um país economicamente forte da UE.

Segundo dados da ONU, mais de 300 mil cruzaram o Mediterrâneo este ano, a maioria em barcos e botes precários arranjados por traficantes de pessoas. Pelo menos 2,5 mil morreram ou desapareceram durante a viagem (em 2014, a estimativa foi de 3,5 mil).

Loja em Izmir tenta vender colete salva-vidas a refugiados
Loja em Esmirna, cidade turca rota de imigrantes, expõe coletes salva-vidas

A chamada rota do leste do Mediterrâneo (Grécia e Turquia) tem sido considerada a segunda maior adotada pelos que querem atingir a UE. Segundo dados da Frontex, agência que monitora as fronteiras, 50,8 mil pessoas fizeram esse trecho em 2014, o dobro do ano anterior.