A Universidade britânica de Birmingham divulgou nesta quarta-feira (22) a descoberta do que diz ser um dos fragmentos mais antigos do Corão, o livro sagrado do islã.
Um teste de radiocarbono indica que os manuscritos foram escritos há pelo menos 1.370 anos, mais precisamente entre os anos de 568 e 645. O teste, feito com ajuda da Universidade de Oxford, tem 95,4% de precisão, segundo os pesquisadores. O estudo destaca que o documento pode ter sido produzido durante o período de vida do profeta do islamismo, Maomé (570-632).
Os trechos pesquisados tratam do intervalo entre os capítulos (chamados de “suras”) 18 e 20 do Corão e estão escritos, segundo a universidade, em “hijazi”, antiga caligrafia árabe. O público poderá ter acesso aos papéis durante o período de 2 a 25 de outubro deste ano.
“Esse teste é um resultado emocionante e que contribui de maneira significativa para nosso conhecimento sobre as mais antigas cópias escritas do Corão”, comemorou Susan Worral, diretora da Universidade de Birmingham.
Abaixo, um dos manuscritos analisados:
Assista a um vídeo (em inglês) feito pela universidade com os pesquisadores: