Por volta das 11h desta terça-feira (24), a francesa Sandrine Boisse, 25, que vive perto do local da queda do Airbus da Germanwings, ouviu um estrondo vindo do meio da montanha.
“Estava caminhando, e ouvi um barulho muito forte e estranho. Num primeiro momento, achei que fosse uma avalanche”, disse em entrevista à Folha, por telefone.
“Decidi então chamar a polícia, porque era algo muito estranho para mim, um barulho de acidente, mas não podia imaginar que fosse um avião. Depois, telefonei para o governo do distrito. Quando voltei para casa com meu marido, nos conectamos e vimos o que tinha ocorrido”, contou.
Sandrine dirige há dez anos um chalé para 15 pessoas no resort Pra Loup, a apenas meia hora de carro do local da tragédia, nos Alpes franceses. “O ponto da queda fica no meio da montanha. Já estive perto, mas é muito difícil chegar ao local exato”, disse.
Segundo ela, as buscas foram interrompidas por volta das 19h30 (15h30, no horário de Brasília). “Pelo menos 500 pessoas foram deslocadas para cá, entre elas policiais e bombeiros, além de muitos helicópteros”, ressaltou a francesa. “É um dia muito triste para todos nós”.
O seu chalé, avisa, está aberto para receber equipes de resgate, familiares e jornalistas que forem à região da queda. Sandrine diz que, pouco depois da chegada dos primeiros socorros, já soube que não havia sobreviventes. “O pessoal do resgate disse que só havia pedaços de corpos. Não há nada a fazer”, lamentou.