Por enquanto, é pouco provável que a rainha Elizabeth 2ª siga os recentes gestos de outros três monarcas europeus (Espanha, Holanda e Bélgica) e abdique do trono para o sucessor.
Nos últimos meses, o Palácio de Buckingham tem dado um sinal claro: a rainha está disposta a iniciar uma transição de poder para o filho Charles, mas sem qualquer perspectiva de abrir mão da coroa.
Alguns fatores diferenciam Elizabeth 2ª do rei espanhol Juan Carlos, que abdicou do trono nesta segunda-feira em favor do filho.
São eles:
1. A rainha goza de boa saúde e mantém um nível alto de popularidade entre os britânicos.
2. O seu filho Charles está longe de ser unanimidade local. Recentes pesquisas mostram que ele teria entre 50% e 55% da preferência para assumir o trono, dividindo as atenções com seu filho, William, com cerca de 30%. Por isso, por exemplo, Elizabeth 2ª tomou uma decisão recente de dividir tarefas oficiais com Charles, para aumentar sua exposição em nome da coroa.
3. Em 2015, Elizabeth 2ª pode bater o recorde de 63 anos de reinado de Vitória, rainha de junho de 1837 até sua morte, em janeiro de 1901.
4. Segundo especialistas na monarquia britânica, a família real carrega a experiência traumática pela renúncia, em 1936, do rei Eduardo 8º, tio da atual rainha, causando grande turbulência e instabilidade em Buckingham.