Leandro Colon

do Reino Unido

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Editado por Leandro Colon, correspondente da Folha em Londres, blog aborda um pouco mais do que é notícia na Europa. Formado em jornalismo e com dois prêmios Esso, Colon está na Folha desde 2012.

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Escândalo com ministra da Justiça deixa caso Pizzolato em segundo plano na Itália

Por Leandro Colon

O caso do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato não está, por enquanto, na lista de prioridades do governo italiano. As autoridades locais ainda não demonstraram preocupação.

Mas não é à toa. O foco por aqui em Roma é a possível queda, ainda nesta semana, da ministra da Justiça, Annamaria Cancellieri, envolvida num escândalo de tráfico de influência (ela teria usado sua posição para ajudar a filha presa de um amigo magnata). A ministra vai amanhã ao Parlamento se defender.

Annamaria Cancellieri é acusada de tráfico de influência

E é justamente a ministra da Justiça que seria, segundo o tratado entre os dois países, a interlocução com o governo brasileiro na discussão sobre a possível extradição de Pizzolato para o Brasil.

Apesar dos questionamentos enviados pela imprensa brasileira, não houve até agora qualquer manifestação e, segundo assessores, não há previsão de quando isso ocorrerá. Até porque, alertam, é preciso primeiramente localizar Pizzolato para que o governo brasileiro peça sua extradição. A partir daí, as autoridades italianas analisarão o caso.

Conversei hoje com o senador brasileiro na Itália, Fausto Longo. Ele disse que pretende fazer um comunicado sobre o caso no Senado, mas apenas para alertar que uma pessoa no Brasil usou o direito à cidadania italiana para evitar uma prisão. Segundo ele, ainda não há como discutir a extradição de Pizzolato.

“Esse fato ainda é irrelevante na Itália porque não existe oficialmente. Ninguém sabe se ele está aqui”, disse.

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