Publicamos hoje na edição impressa da Folha matéria mostrando a decisão do governo britânico de aumentar o rigor no registro dos médicos estrangeiros (leia aqui).
Aqui, diferentemente daí no Brasil, o governo tem sido aliado da entidade que concede os registros aos médicos, o GMC (General Medical Council).
Na terça-feira, o GMC abriu uma consulta pública para discutir as mudanças que incluem, entre outras coisas, a exigência de comprovação de conhecimento da língua inglesa pelos médicos europeus, o que hoje não é necessário.
A regra, atualmente, vale só para quem é de fora da Europa. Dos 260 mil médicos registrados no Reino Unido, 93 mil são estrangeiros (26 mil da Europa e 67 mil não europeus).
Agora, há também um outro debate na mesa dos britânicos: a falta de enfermeiros nos hospitais. Reportagem publicada ontem pelo “The Times” mostrou que 43% das enfermarias dos hospitais britânicos passam da média de 8 pacientes por enfermeiro.
São enfermarias incluídas numa “zona de perigo”. Os números abriram um debate por aqui sobre o quanto isso coloca em risco a saúde dos pacientes atendidos.