O novo relatório da comissão de inquérito da ONU divulgado hoje sobre a Síria dá detalhes de como crianças e adolescentes estão sendo mortos e outros recrutados para atuar no conflito.
Forças do governo e da oposição são responsabilizados (clique aqui para ler a íntegra do relatório de 42 páginas divulgado em Genebra). A comissão é presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.
No dia 4 de junho, dez crianças morreram num bombardeio na região de Aleppo. Oito dias depois, uma garota de 13 anos ficou ferida num ataque de forças do governo à sua casa – a mãe dela morreu.
A ONU ainda dá como exemplo dois garotos que foram executados, de 13 e 15 anos, ao lado de adultos no dia 2 de maio.
Três jovens de 17 anos foram obrigados a se juntar às tropas do governo de Bashar al-Assad, sendo que um deles foi morto semanas depois, relata a comissão. Outros dez foram obrigados a tirar a roupa e espancados por militares.
No dia 15 de junho, foi a vez dos rebeldes matarem um menino de 10 anos, segundo a ONU. Uma semana antes, três homens executaram o jovem Mohamed Qatta, 15 anos, em Aleppo.
O relatório é duro sobre a violência sexual sofrida por adversários do governo de Bashar al-Assad. “A ameaça de estupro é usada para punir mulheres, homens, e crianças que são apontadas de ter ligação com a oposição”.